Carpe Diem

Mais um ano se passou e esta Leitoa que vos escreve completará 27 verões. Quando era criança me falavam para aproveitar a juventude porque ela passa rápido! Dizem que após os 30 nem se sente o tempo passar. Cientificamente, há a teoria da ressonância de Schumann. Eu prefiro não acreditar nisto, tendo em vista que a partir dos 20 o tempo voou! No meio dos preparativos para as comemorações resolvi fazer uma retrospectiva de minha curta vida… A coisa mais interessante que descobri é que as grandes mudanças, na maioria das vezes boas mudanças, sempre ocorreram em idades ímpares. Sempre me identifiquei com números ímpares!! Vamos aos fatos:

1 ano: Parei de mamar e aprendi a falar e andar. Um grande salto para a independência!

3 anos: Comecei na escola. Acho que ver tanta gente da mesma idade acaba ficando marcado em nossa mente! Lembro perfeitamente do meu primeiro dia de aula. Jardim I, o medo estava estampado em meu rosto, mas fui com minha mãe sem hesitar. Não chorei quando vi minha mãe saindo da casinha amarela onde ficava minha sala.

5 anos: A descoberta da leitura. Fato que mudaria de vez a minha vida. Não consigo me imaginar longe do mundo dos livros. Queria ter mais tempo para ler mais. Tá bom, pra beber mais também, assumo! RS. Fico sabendo que minha mãe me dará um irmão, companheiro fiel de toda minha jornada, pelo menos até agora!

9 anos: Ah, a descoberta de mais duas paixões… A natação e a música!!! A entrada no coral do colégio… Coral este que foi uma das maiores experiências de vida que poderia ter!

11 anos: A primeira nota vermelha a gente nunca esquece. Maldito 5,5 em História! Odeio História e toda a sua decoreba! Com ela veio o primeiro castigo: ficar sem televisão e sem vídeo-game até o próximo boletim. Foram 3 meses de espera. A mim pareceram 6 meses! Mas foi aos 11 que conheci Cabo-frio, lugar onde passaria todos os meus verões da adolescência, e onde fui muuuuuiiiito feliz! Nesta mesma idade comecei o estudo da língua inglesa. Achava um saco, mas era legal pra conhecer gente!

13 anos: Ano de glórias esportivas… Praticamente imbatível na natação. Jogava handball e futebol pelo colégio. Sem dúvida o fato mais importante foi o primeiro beijo! Suava por todos os poros, minhas pernas tremiam. Havia pressão externa da amiga da moça com quem teria minha estreia (agora sem acento!). Agradeço novamente a Cabo-frio por essa oportunidade.

15 anos: Primeira viagem internacional. Fui cantar dentro da Disney com o Coral do colégio. Muitas histórias e lembranças desta época… Descobria que o handball era minha verdadeira paixão. Tive de deixá-lo em detrimento do curso de inglês. Esta foi uma grande decepção. Aos 15 tive meu primeiro porre e o segundo grande castigo imposto pelos pais. No dia que fiquei de porre nada aconteceu. No dia que passei mal quando estava numa festa, veio o vômito e o castigo. Juro que não tinha bebido mais que 3 cervejas… A mágoa da injustiça perdurou pelo menos por um ano, exatamente o tempo que fiquei sem sair! Justamente o meu 16º aniversário, maldito número par!!!

17 anos: Mudanças radicais aconteceram! Formei-me no ensino médio e entrei na faculdade. O mais novo da turma. Motivo de gozação quando falava que era de 82… Comecei a morar com amigos no Rio. O que era pra ser ótimo pela liberdade me ensinou que ainda não estava pronto pra voar. Voltei no fim do ano para a casa dos meus pais. O ano foi frutífero com as mulheres, rolou o primeiro Ratin bronks! Bem sem graça, diga-se de passagem! Formei-me no inglês, um peso a menos!

19 anos: O começo da independência. Iniciação científica, aulas, tudo pra ganhar algum e poder sair nos fins de semana. Nessa época era mais rueiro que tudo!

21 anos: Ano em que me formei na facul! Entrei no mercado de trabalho como peão, mas de carteira assinada. Morei em Macaé!

23 anos: Novo concurso e agora finalmente um cargo de nível superior. Fui morar em Salvador. Considero essa idade meu divisor de águas. Aprendi a andar um pouco mais com minhas pernas, a fazer o que queria, quando e onde queria sem me preocupar com o pensamento alheio. Foi a melhor época da minha vida, até agora. A obrigação de ser responsável o suficiente para estudar muito para não perder meu emprego, e ao mesmo tempo a obrigação de me divertir muito naquela cidade baiana maravilhosa! (Há controvérsias).

25 anos: Votei a morar no rio. Conheci muita gente interessante. Fui morar com meu irmão, que com certeza é um dos grandes responsáveis por minha adaptação! Apaixonei-me perdidamente. Tive uma grande decepção… Mas vivi muita coisa boa nessa que é a única e verdadeira cidade maravilhosa!

27 anos: O que virá pela frente? Entro nesta idade com a esperança de que o ímpar e principalmente o 7, meu número da sorte, me trarão boas experiências…

Escrevi este post com um saudosismo enorme. Escrevo-o mais para mim do que para vocês amigos leitores. Desculpem-me se fui inoportuno, mas saibam que enquanto escrevia apareceram sorrisos fortuitos, lágrimas que teimam em não rolar (pq homem que é homem não chora), rios de lágrimas que rolaram (pq homem que é homem chora sim!).

A conclusão que chego observando minha vida é que não são os anos ímpares que são especiais, eu é que deixei de viver grandes coisas nos meus anos pares!! Portanto, Carpe Diem!!! Clichê, mas funciona!!!

Obs: Sem revisão! Podem meter o cacete nos erros de português, concordância…